quinta-feira, 26 de maio de 2016

O plano de aula e Escher

Saudações! Mosquinhas que aparecem aqui de vez em nunca... Espero que estejam aproveitando o feriado fazendo algo de útil. Se não, leiam esta porcaria...

Estou procurando diversificar as postagens, então hoje a coisa é um pouco séria. Mas não é pra ser levada a sério. Como já comentei em postagens anteriores, estou cursando pedagogia. Grande merda! Em qualquer esquina você encontra um mendigo com "diproma" de pedagogia. Enfim, neste semestre estamos tendo a disciplina "Conteúdo, Metodologia e Avaliação no Ensino de Artes", poderia ser algo proveitoso se não fosse 90% das aulas debatendo a diferença de arte pra artesanato. Porém, na última atividade que fiz tivemos de elaborar um plano de aula. Eu já tinha feito outros planos de aula, em outras disciplinas (planos pra inglês ver), mas dessa vez foi diferente. Senti que poderia ser verdadeiro.


O plano foi o seguinte:

Tema: Desenhando Texturas

Ano: 5º ano do Ensino Fundamental
Introdução: De modo geral, no meio escolar a arte é abordada pelo professor de duas formas. Ela pode ser contextualista, como explica Célia Almeida(2001), na qual a arte tem um papel socialização e exercício da criatividade, podendo ser utilizada em outras áreas do conhecimento. De outro modo, temos a concepção essencialista, que tem foco específico no ensino da arte. Estes dois conceitos, são na verdade, complementares. Mesmo que o ensino da arte esteja focado no ensino da música, pintura ou teatro, é possível utilizar as habilidades desenvolvidas para trabalhar outras áreas do conhecimento.

Objetivos
Objetivo geral:
Fazer com que os alunos desenvolvam a percepção das texturas.

Objetivos específicos:
Observar e reproduzir diferentes texturas;
Observar e reproduzir diferentes tons utilizando apenas lápis 6b;
Ampliar as possibilidades e habilidades de desenho no aluno.

Encaminhamentos
1º momento
Perguntar às crianças para que tipo de atividade elas costumam usar o lápis. Questione seu uso para desenhar e proponha a experiência com o 6B.
Escolha de alguns desenhos que os alunos tenham colorido à lápis. Indagação aos alunos de como eles fizeram para obter aquela variação de tons, se passaram o lápis de leve, se apertaram ou fizeram uma mistura, pintando uma cor sobre a outra. Questionar a criança sobre em quais atividades usar o lápis. Muitas responderão para desenhar. Para isso o professor apresentará o lápis 6B.

2º momento
O professor levará os alunos para observação do espaço escolar. As crianças serão orientadas a estudar as diferentes texturas, por exemplo, do chão, da calçada, do tronco da árvore, das pedras, de tudo que encontrarem. E em seguida, numa fora de papel, irão registrando por meio de linhas, pontos, traços cruzados, etc. as diferentes texturas encontradas.

3º momento
Socialização na sala de aula dos trabalhos e resultados obtidos. Questionamento de como usaram o lápis, se foi de pé, inclinado, as variações de tons. O professor mostrará as diversas texturas e tons que poderiam ser obtidos e iniciará a correção.

4º momento
Nesta etapa, o professor irá apresentar aos alunos imagens do artista holandês Escher, indagando-os como ele fez para obter tons e texturas usando somente o lápis em suas ilustrações. Para desafiar as habilidades dos alunos, o professor irá dividir a sala em grupos de até 4 componente. Em uma cartolina farão um desenho livre, deixando claro que deverão utilizar variadas texturas tanto na figura como no fundo.

5º momento
Socialização dos trabalhos realizados, envolvendo discussões com os alunos das técnicas que eles utilizaram. Exposição dos desenhos no mural.

Recursos

Folhas de sulfite
Lápis para desenho 6B
Cartolina branca
Imagens impressas das obras de Escher.

Critérios de avaliação

Como as crianças exploraram as possibilidades do  lápis 6B, se usaram modos diferentes de segurar o lápis, aplicaram muita ou pouca força.
Percepção das diferentes formas de texturas e onde usá-las.
Ampliação do repertório gráfico.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - A arte no Ciclo de Alfabetização. Caderno 06. Disponível em: <http://www.cursos.nead.ufpr.br/mod/resource/view.php?id=175901> Acesso em: 14/05/2016.

CORTÊS, Meire. Arte: Texturas. Disponível em: <http://artesatividades.blogspot.com.br/2011/04/textura.html> Acesso em: 14/05/2016.

M. C. Escher Company, B. V. M. C. Escher – The Official Website(em inglês). Disponível em: <http://www.mcescher.com> Acesso em: 14/05/2016. 

ROMANELLI, B. M. B.; ROMANELLI, G. G. B. Conteúdo, Metodologia e Avaliação do Ensino de Artes. Curitiba: Imprensa da UFPR, 2016.

ROMANELLI, Guilherme. Algumas reflexões essenciais para discutir o espaço da arte na escola. Curitiba: UFPR, 2010.

O motivo para eu ter compartilhado aqui minha atividade, foi que pela primeira vez, eu fiz um plano de aula que eu realmente aplicaria se tivesse oportunidade. Claro que não fiz esse plano do nada, além do meu conhecimento eu busquei referências para me basear. Uma delas foi o artista holandês Maurits Cornelis Escher. Recomendo a vocês pesquisarem as obras desse cara. Pro inferno com Romero Brito! Abaixo você pode conferir algumas ilustrações deste gênio.

Waterfall
Na 8ª série ganhamos um livro de ciências que tinha como capa esta imagem.

Hand with Reflecting Sphere


 Relativity
Desenho muito doido, dá um bug no cérebro.

Todas essas imagens foram retiradas do site M.C. Escher. Confiram, lá tem muito mais coisas interessantes. I.N.D.Q. também é cultura! ^^

Já terminou de ler? Então comenta aí embaixo o que achou. Até a próxima!

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