terça-feira, 31 de março de 2020

Impressões finais de Kyokou Suiri

Saudações ilustres visitantes!
Nas minhas primeiras impressões eu criei boas expectativas neste anime. Sim! Os primeiros episódios empolgaram. Vejam agora se valeu a pena, ou não eu ter assistido dois episódios por dia nessa vida de quarentena. Para essas impressões finais terei de contar alguns spoillers. Então, se prepara que lá vai!

A partir do terceiro episódio (se não me engano), a história dá um salto de dois anos no tempo. Há uma participação maior da ex do Kuro, a Saki. Aqui ela está trabalhando como policial e está com um corte de cabelo bem bonito.
Kuro revela o segredo do seu poder. Quando criança, sua vozinha fazia experimentos bem macabros. Num deles ela lhe serviu carne de sereia e outro demôniozinho japonês. Isso garantiu a ele imortalidade e capacidade de ver o futuro. Isso explica o porque das demais criaturas verem ele como um "monstro", pois é uma mistura de humano, sereia e kudan.
Iwanaga pode dizer com todas as letras que Kuro agora é seu namorado. Apesar dele a tratar mais como uma irmãzinha do que namorada. Ela ainda sente ciumes da Saki,  principalmente quando os dois ficam a sós, o que rende cenas cômicas. Sua tarefa basicamente é resolver problemas do mundo sobrenatural fazendo suposições e contando lorotas. Daria uma ótima política.

Outros personagens aparecem, como o detetive Terada, que tenta se aproximar de sua colega de trabalho, a Saki. Mas o coitado não arruma nada, só aparece pra morrer.
Outra que finalmente dá as caras é a prima do Kuro, Rikka. Só a capa da gaita. Sim, era ela Kuro ia visitar no hospital quando se encontrou pela primeira vez com a Iwanaga. Ela tem os mesmos poderes que ele, só que ela é totalmente danificada.
Karin Nanase, personagem que deu origem a todo mistério na história principal. Artista famosa que foi acusada de matar o pai, mas depois se suicidou tendo o rosto esmagado por uma barra de ferro.

Vamos à história. Um misterioso fantasma aparece do nada atacando pessoas com uma barra de ferro. Ela tem a aparência da Karin Nanase, por isso deu-se o nome ao fantasma de Mulher do Aço Nanase. Saki começa a investigar o caso e acaba de encontro com a Iwanaga, consequentemente com Kuro. Ambos estavam investigando a mesma aparição. Depois de muitas suposições, acabam descobrindo que não se tratava de um fantasma, mas de uma lenda urbana que ganhou vida através do imaginário coletivo. Para derrotá-la só teriam que fazer as pessoas desacreditarem na lenda, assim ela perderia força e seria mais fácil ser destruída.
Acontece que tem uma pessoa por detrás da criação dessa lenda urbana. Adivinhem quem? Pois é, meu amigo, minha amiga. A miss cracolândia, Rikka. Assim que teve alta do hospital, Iwanaga ofereceu sua casa para ela ficar (não queria que ela ficasse na mesma casa que o Kuro, por motivos óbvios). Sem nada para fazer, ela resolve criar uma lenda e postar num fórum anônimo na internet. Consegue muitos seguidores para acreditar na sua história e manter viva Mulher do aço Nanase.

Chega a hora do confronto, Kuro vai de encontro à mulher do aço e apanha feio, mas ele sempre volta à vida. Enquanto isso, Iwanaga confronta Rikka pela internet. Ela tem habilidade de criar suposições e tenta convencer os leitores do site que a existência da tal fantasma é uma farsa. Mas infelizmente do outro lado Rikka rechaça estas tentativas, fortalecendo ainda mais a crença na mulher do aço. Acontece que Iwanaga é ardilosa, articula seus argumentos em etapas, um servindo de base para o outro. Fazendo com que os leitores acreditem que não há nenhum fantasma,  que tudo não passa de uma trama arquitetada pela própria Karin Nanase, que estaria viva. Tudo mentira, claro.
A descrença no fantasma aumenta, a Mulher do aço Nanase enfraquece e finalmente é derrotada. Os demais personagens seguem sua vida. E é assim que termina a história.

Kyokou Suiri, ou In/Sectre, é um bom anime, mas poderia ser melhor. Os primeiros episódios foram corridos e me conquistaram com seu humor leve explorando as cenas de ciúme da Iwanaga. Só acho que a questão da mulher do aço Nanase se arrastou muito, e teve muito malabarismo retórico por parte da protagonista. A solução do problema poderia ser menos complicada. Outra coisa que não faz sentido é a explicação das motivações da Rikka, para mim não foram convincentes. Ainda assim, é um anime que vale a pena ser isto. Principalmente por causa da interação entre as personagens. Por isso eu dou uma nota 7,9.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Primeiras impressões de Kyokou Suiri - Ep. 1

Saudações, nobres visitantes!
O inevitável aconteceu, a ameaça do vírus chinês chegou à região onde moro. Eu tinha muitos planos de coisas para fazer, como ir à eventos, cinema, fazer minha corridas. Já que vou ter que ficar em casa a contragosto, que este tempo seja divertido.

Fui pesquisar alguns animes para assistir e encontrei In/Spectre (Kyokou Suiri) e gostei da sinopse:

Quando era uma criança, Kotoko foi sequestrada por um youkai. Esses espíritos a transformaram numa poderosa intermediária entre o mundo espiritual e o mundo humano, mas esse poder teve um preço: um olho e uma perna. Agora, anos depois, ela procura por yokais perigosos, enquanto desenvolve sentimentos por Kuro, um jovem que ganhou poderes de cura, após um incidente com um yokai. O jovem fica surpreso quando Kotoko pede que ele se junte a ela para monitorar yokais renegados, e assim preservar a fina linha entre a realidade e o sobrenatural.

Até o momento eu havia assistido o primeiro episódio, então vou contar das minhas primeiras impressões.

Personagens:
Kotoko Iwanaga - Esse nome é uma piada de humor negro involuntária. Confesso que ri feito besta quando percebi. Falando na personagem, ela é meiga e engraçada. Sua condição física me lembrou um pouco o Hyakkimaru (Dororo). Aparenta ser mais nova do que realmente é. Usa próteses na perna e no olho.


Kuro Sakuragawa - De início parece um típico protagonista de romance, simpático, bonitão e protetor de donzelas indefesas. Mas você e eu sabemos que ele esconde algo. Por alguma razão as criaturas sobrenaturais sentem muito medo dele.



Saki Yumihara - Ex-namorada de Kuro. O primeiro episódio não entrega muita coisa a respeito dela. Mas tem um belo design na minha opinião.

Vamos ao começo da história...
O episódio inicia-se com a Kotoko estatelada no chão de um matagal, enquanto uma voz ao fundo pede para que ela se torne "deus da sabedoria".
No presente, ela aparece usando uma bengala e vai caminhando até o bonitão que está sentado em um banco. Indaga Kuro se ele se lembra dela. Não se lembra. No flashback é mostrado eles num hospital. Ele caindo e sendo aparado por ela. Algumas japonesices do tipo "oh você salvou minha vida, me lembrarei disso para sempre". Acontece da Kotoko se apaixonar pelo Kuro e no mesmo momento descobrir que ele já tinha uma namorada. Achei a interação entre os dois bastante divertida e me fez torcer pelo casal.

Em dado momento Kotoko questiona Kuro do porque ter terminado com a Saki. Ele tenta enrolar a garota, mas ela tem amiguinhos invisíveis que contam "como ele é assustador". Ela lhe conta sua história de como perdeu o olho e a perna. Mais para o final do episódio, Kotoko é alertada sobre um terrível youkai que tá causando altas confusões em uma biblioteca. Com a ajuda de Kuro eles vão até o local e enfrentam a criatura sem muitas dificuldades. Esse final deixou altas expectativas para o episódio seguinte.

Para concluir, esse primeiro episódio me cativou. Tem humor leve e consegue ser engraçado sem apelação.  Os protagonistas têm tudo para formarem um belo casal no final, embora eu ache que esse não é o foco da historia. Mas fica aqui minha torcida. Me agrada essa relação com o sobrenatural, me deixou curioso para ver o que vem pela frente.

quinta-feira, 19 de março de 2020

[Resenha] Histórias para não dormir


Em todo evento que eu vou eu sempre procuro trazer algum material autoral de artista brasileiro. O bacana desses eventos é ver o artista na banca buscando vender seu peixe. Se a história parece ser interessante vou lá e compro, ainda ganho um autógrafo.

Esse foi o caso do "Histórias para não dormir". Essa obra contém dez histórias curtas, baseadas nos contos HP Lovecraft, escritas e desenhadas por diferentes autores. Terror é um tema que me atrai. (Sim, sei que a vida lá fora da minha caverna é um terror, com crimes, mortes, funkeiros e etc. Aqui eu me refiro ao terror sobrenatural). Uma leitura desse tipo veio bem a calhar, já estou estava ficando entediado dos super-heróis coloridos.


Em minha primeira leitura fiquei com a sensação de que algumas histórias estivessem terminado sem uma conclusão. Na segunda eu me toquei que na verdade todas terminam com final trágico, acho que eu não estava acostumado com isso. Uma das minhas favoritas é a que faz referência ao Metallica.

O fato do quadrinho ser todo em preto e branco ajudou a dar ênfase ao tom sombrio da obra. Quando se trata de diferentes autores, cada qual com seu estilo, era de se esperar que fosse algo heterogêneo. Então por isso temos aqui boas artes, assim como há outras que acabaram não me agradando muito. Nas páginas finais da HQ contém extras com artes relacionadas ao tema. No geral o saldo é positivo, o que não me deixa com aquela sensação de arrependimento por ter comprado algo relativamente salgado.


Detalhes técnicos:
"Histórias para não dormir"
Editora: selo Meia-Noite
Lançamento: 2019
Dimensões: 16x23cm
98 páginas
Miolo: papel offset
Acabamento: lombada quadrada, capa cartão.
Preço de aquisição: R$30,00 (durante o evento Feira Pop & Arts)