domingo, 25 de fevereiro de 2018

Alkaisers - Antídoto

O rock não morreu!
Saudações ilustres visitantes e curiosos de plantão!

Hoje irei comentar um pouco sobre o lançamento do CD Antídoto, da banda brasileira Alkaisers. Conheci a banda pelo Youtube há alguns anos atrás. Eles apresentam um som competente e honesto o que me fez gostar logo de cara. A primeira música que ouvi foi o petardo "Teoria da evolução"  e desde então fiquei na expectativa deles lançarem um álbum completo. E foi só em 13/07/2017 que esta maravilha aconteceu. Musicalmente, o disco é bem produzido, nos proporciona um rock direto, com melodias cativantes e letras crítico-sociais fortes.
Algo que achei bastante criativo: a versão física vem em uma embalagem em formato de saquinho de soro, o encarte é em formato de "bula" onde contém as letras. As músicas são listadas em "miligramas", dando a idéia de medicação. Se eu encontrar lugar que venda é compra na certa!!!

Alkaisers - Antídoto (2017)
Nota:10

1mg - Contágio
Introdução que abre o CD trazendo o clima do caos, com sons de carro batendo, gente gritando e tiros de metralhadora.

2mg - Apocalipse Zumbi
Uma das mais divertidas do álbum. Um som bem cru e com um refrão bem marcante, daqueles que a gente fica cantarolando sem perceber...

3mg - Frankenstein
Começa em ritmo acelerado, a letra apresenta uma crítica a sociedade materialista, onde o que importa é o "ter" e preocupação excessiva com a aparência. Como no exagero em cirurgias plásticas que acabam fazendo do ser humano um frankenstein.

4mg - Meu caro amigo vampiro
Essa música é dedicada aos parasitas, serve para tanto para políticos em geral como aquele conhecido teu que só se lembra de você quando precisa.

5mg - O mundo dos figurantes
A letra conta uma fábula sobre o mundo moderno. Um brinquedo que tem seu desejo realizado ao ser transformado em homem, mas aí vem as consequências e o arrependimento... Ou seja, deixou de ser um protagonista para se tornar mais um "figurante". A faixa tem um começo lento em compasso de valsa, mas explode no refrão.

6mg - Teoria da evolução
Esta foi a primeira música que eu ouvi dos caras, lá em 2013, e desde então fiquei aguardando eles lançarem um álbum. Sem dúvida a melhor do CD. Uma crítica pesada contra as mídias que tentam a todo custo impor uma engenharia social para a sociedade. Uma sociedade cada vez mais bestializada, se aproximando ao lado primitivo, mas que para alguns é "evolução".

7mg - As flores do seu jardim
A ironia começa nos primeiros versos "Eu não digo nada com nada, mas vivo feliz, regando as flores douradas no jardim" ao fundo acordes melancólicos. Para novamente explodir com um refrão frenético, com as mesmas rimas, enfatizando o tom de monotonia da letra. Percebi uma certa influência de System Of A Down nesta faixa.

8mg - Tubarões de gravata
Um rock cru que vem descendo a porrada no estômago com mais uma letra ácida sobre corruptos. "Por isso eu peço dias à fio / que todos eles vão para a puta que os pariu". No meio da música há uma referência ao tema do filme "Tubarão".

9mg - A fantástica fábrica de idiotas
Uma letra bem sarcástica. Outra crítica ao povo alienado que só quer saber de putaria, futebol e BBB, enquanto nossos governantes, eleitos por nós, estão fazendo a festa.

10mg - Zebras não sabem voar
Ao ouvir esta música, lembrei logo do meu trabalho. Mais uma letra sensacional! Assim como o livro "A revolução dos bichos" usa animais para representar pessoas.

11mg - Final feliz
E encerrando o álbum temos uma faixa hardcore, cuja letra faz referências aos contos de fadas. Contando uma história no mundo real de uma vítima esperando o tal "final feliz".  

Formação:
Fernando Heanna: voz, baixo
Vini Palhares: guitarra, segunda voz
Thales Mazzi: bateria



Uma pena que as músicas "O heróis que há em mim" e "Corpo fechado" ficarem de fora. São ótimas, mas não se encaixam no conceito do Antídoto. Quem sabe eles estão guardando para o próximo lançamento.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

[Infância] Meus Super-Heróis favoritos

Saudações ilustres visitantes!
Quando você pensar que o INDQ morreu, verá ele ressurgindo com uma postagem nova e cravando uma espada laser na barriga do monstro chamado tédio. Na postagem de hoje eu vou destacar alguns heróis que fizeram parte da minha infância.

Kamen Rider Black RX, Machineman e Sharivan

Kamen Rider, o herói com cara de inseto. Eu sempre assistia na expectativa de vê-lo materializar a espada no cinturão e espetar no bucho do monstro. Esse era o momento que eu mais esperava! Como de costume, ele fazia uma pose enquanto o monstro explodia em câmera lenta ao fundo. Nos dias de hoje, tenho uma remota esperança de que um dia o mangá seja lançado por aqui. Machineman, uma mistura bizarra de Superman com Zorro, mas na época eu nem reparava nessas referências. Revendo alguns episódios, percebo o quão bobinho era, mas para uma criança de 9 anos era uma coisa empolgante pra caramba. De todos os tokusatsus, sem dúvida, o que mais tinha clima de terror era o Sharivan. Mas todo o "medo" desaparecia assim que o Den Iga se transformava. O mais engraçado era a explicação do narrador: "O detetive espacial Sharivan transforma-se em um milésimo de segundo através do raio solar. Vamos ver de novo o processo de transformação..."  - Se transformava em um milésimo de segundo, mas demorava meia hora fazendo poses. Bons tempos...
Menções honrosas: Winspector, Power Rangers e VR Troopers.

Batman

Meu primeiro super-herói favorito, desde lá da minha infância, era o Batman. Muito mais pelas influências dos filmes que eu assistia: Batman (1989), Batman, o Retorno (1992), Batman Eternamente (1995) e o horrível Batman & Robin (1997). Este último era ruim, mas eu, na minha ingenuidade, até cheguei a colecionar figurinhas do filme que vinham no chiclete.
Eu ficava encantado com a ideia de estar andando por um beco escuro, estar em perigo e de repente ser salvo por um sujeito vestido de morcego. No fundo todos gostaríamos que existisse um Batman na vida real, não é mesmo?











Super-Homen

Quem nunca colocou a cueca por cima da calça que atire a primeira pedra... Sim, eu já fiz isso quando era criança. Outro que eu admirava era o Super-Homem. Também influência dos filmes estrelados pelo Christopher Reeve, tanto pela série Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman. Só pra constar, Teri Hatcher, foi a melhor Lois Lane de todas na minha opinião.
Alguns anos depois que fui começar a acompanhar o azulão nos gibis. E foi a porta de entrada para outros da mesma "família", como o inútil do Superboy, a Supergirl e o Aço. Aliás, eu adorava desenhar o Aço.











Homem-Aranha

Na época que a Globo prestava (sim, houve essa época) eu cheguei a assistir os desenhos do Homem-Aranha. E nesta mesma época comecei a ler os gibis do cabeça de teia. Para minha surpresa, cheguei bem no meio da saga do clone. 
Como assim? Existem clones do Homem-Aranha e Peter Parker não é o original? Hahaha! Por outro lado, conheci o Aranha Escarlate e passei a gostar também do personagem. No final revelou-se aquilo que no fundo já sabíamos: só existe um Homem-Aranha e é o Peter Parker!













Wolverine

Selvageria, brutalidade, menos conversa e mais ação. Esse era o diferencial do Wolverine. Enquanto os outros heróis eram limpinhos, educados e tinham 3 metros de altura, o mutante era baixinho, barbudo e mau-humorado.
Mas o que me fascinava mesmo eram as garras. Quem nunca colocou os lápis na mão e tentou furar as costelas do coleguinha durante a aula...
Até hoje, meu uniforme favorito é o amarelo, espero que um dia seja usado nos cinemas... Meio difícil, eu sei.











Porrada!

Baseando nisso, chego à seguinte conclusão: identificação com um Super-Herói não é pela aparência, mas por aquilo que você gostaria de ser. Muito mais pelos ideais do que pelas semelhanças físicas. O que dizer então dos tokusatsus? Eram todos japoneses e eu me identificava com eles. A coragem, a força, a imponência e a justiça, essas qualidades vinham em primeiro lugar. Porque projetamos nos heróis aquilo que queríamos ser.

Ninguém, além dos fracassados, quer um herói fracassado. Você pode até ver alguns heróis azarados, como o Homem-Aranha, mas eles permanecem fieis aos seus princípios. Assim que deve ser, não existem santos, mas existem aqueles lutam para fazer o que é certo.