quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Retrospectiva introspectiva 2017

Saudações, ilustres visitantes!
Como estão vocês? Ainda enchendo o bucho de panetone? Ou bebendo todas neste fim de ano? Seja como for, divirta-se. Nesta última postagem do ano irei fazer uma retrospectiva do que me ocorreu de bom em 2017. Aconteceram algumas mudanças em comparação a 2016 e a maioria foi positiva.

Voltar a jogar bola

É como dizem, o importante é participar. Ainda que seja uma vez por semana. Isso que torna especial. A espera durante toda a semana dá ânimo para suportar o trabalho. Porque eu sei que vai ter um dia pra esquecer tudo de ruim. Eu sei que vou errar muitos chutes, vou acertar a canela de alguém e alguém vai acertar a minha... E no final chegarei em casa cansado, tomarei um banho e dormirei como um anjo.

A minha formatura

Após três anos e meio, correndo contra o tempo, lutando contra a vontade de desistir, finalmente aconteceu a formatura. Foi motivo de orgulho para mim e meus colegas. Nesse dia o tempo parecia não querer colaborar, choveu muito e molhou meus pés, mas mesmo assim cheguei a tempo para o ensaio. Ocorreu como tinha que ocorrer: todo mundo de capa preta, chapéuzinho quadrado e canudo na mão. Era dia de festa, o mais difícil (TCC) já tínhamos superado. Eu e o Elienai tínhamos combinado de encher a cara neste dia, mas o máximo que fizemos foi encher o bucho n'uma pizzaria.

Mudança de emprego

Foram quatro anos esperando por isso. No fundo todos sabemos que o concurso realizado em 2012 teve muita maracutaia. Algum “apadrinhado” da prefeita deu azar, porque eu estava lá para fazer aquela prova e passar em primeiro no cargo de almoxarife. Fiquei aguardando até o concurso expirar e nada  de ser chamado. Esse cargo era meu por direito. Por incentivo da minha estimada diretora, eu procurei uma advogada, e foi graças a ela que ganhei o processo e fui convocado no início deste ano. Moral da história 1: corra atrás dos seus direitos!
Saí do meu emprego anterior pela porta da frente, sabendo que fiz um bom trabalho, dei o meu melhor e fiz amigos (inclusive fizeram até uma despedida pra mim). O novo emprego não está sendo fácil, mas felizmente nenhum sofrimento é para sempre. Moral da história 2: não reclame do seu emprego atual, o próximo pode ser pior...rsrs

Entrar para a academia

Esse é o tipo de coisa que eu me pergunto: “Por que não fiz isso antes?”. Passaram-se as férias e eu só fui começar em Junho. Antes eu ficava com receio de fazer academia. Ficava pensando "lá vai estar cheio de cara bombadão de um lado, as gostosonas do outro e só eu de gordinho destoando do resto". De fato, haviam os caras bombados e as gostosonas, mas também tinha gente assim como eu, pessoas comuns. E com um pouco de sacrifício e muita dedicação consegui perder (até o momento) 11 kg. Estou feliz com essa nova rotina. O próximo objetivo é ficar grandão...Hahahaha! Futuro Mister Olympia 2018!!!


Parei de beber

Sim, é verdade. A minha decisão de ficar fininho me levou a outras atitudes. Parei de tomar cerveja. Não que eu fosse um bebedor profissional, mas umas três vezes por semana eu bebia. Parei com os refrigerantes e consumir pasteis de feira também. Só de vez em quando, abro pequenas exceções, como ir à sorveteria. Mas no dia seguinte eu compenso correndo o dobro na esteira.

Construção do meu quarto

Durante aeons dormindo na sala, tendo a privacidade invadida como se fosse a casa da mãe joana. Finalmente consegui ter o meu espaço. Agora eu tenho uma estante só pra mim, onde eu posso enche-la com livros, mangás, CDs e outras quinquilharias sem ter alguém colocando a mão, como se colocam as mãos nas frutas da feira. Meu quarto, só meu... meu... mwahahahaha!
É até engraçado lembrar que, onde estou escrevendo este post, no início do ano era um fundo de quintal cheio de mato. Agradecimentos especiais ao meu cunhado Fausto, que lançou a ideia e me ajudou nas suas horas livres.

Voltar a colecionar HQs/mangás

Comecei a comprar HQs durante a minha infância, de 1998 até meados de 2000. Depois parei por falta de recursos próprios. Voltei a comprar alguns mangás de CDZ em 2003. Desde então fiquei um longo período sem comprar nada do gênero. E neste ano, pós a ida ao Anime Friends, eu voltei a ter aquele brilho nos olhos em relação aos mangás.
Atualmente estou lendo Fullmetal Alchemist, Noragami, Dr. Slump, e Inuyashiki. Adquiri outros títulos nem tão badalados como Quem é Sakamoto?, Assassination Classroom e Your lie in April (este último vou esperar chegar ao volume 6 para começar a ler). E recentemente encontrei alguns sites que vendem HQs antigas em formatinho. Cara, eu fiquei maluco. Finalmente eu estou podendo completar as sagas que eu lia (na época com uns 11 anos) e não tinha condições de acompanhar até o final. Nem quero fazer as contas de quanto estou gastando nessa brincadeira. Essa foi a forma que encontrei de preencher o meu vazio existencial...rsrsrs

E estes foram alguns dos principais acontecimentos em minha vida neste 2017. Houve outros acontecimentos, como a ida ao Anime Friends (já fiz postagem sobre isso), ou como estou aprendendo a ser generoso, presenteando pessoas especiais em minha vida. Enfim... Estou feliz pelas  minhas realizações e adoção dos novos hábitos. Ano que vem tem a faca e o queijo na mão para ser melhor ainda.

Se não nos vermos mais, desejo a todos um Feliz Ano Novo!!!

domingo, 10 de dezembro de 2017

[Fiasco] Peruíbe Fest 2017

Saudações, meus caros visitantes!
Esta é mais uma postagem fantasma. O que significa que não será divulgada. Mas quem entrar aqui terá o privilégio de ler.

Aconteceu no domingo (dia 3 de dezembro), pela segunda vez em 2017 o Peruíbe Anime Fest. Ao que parece o evento foi pouco divulgado. Fiquei com grande expectativa, tanto que reservei uma boa quantia para investir em mangás. Sim, eu considero mangá um investimento cultural. Chegamos ao evento com o tempo nublado.

Como foi o movimento?

Esta imagem resume tudo.

Atrações pouco desconhecidas e raríssimas pessoas fazendo cosplay. O mais interessante foi o menininho fazendo cosplay de Luffy e gritando “eu quero ver sangue”. Melhor ainda foi assistir a luta entre Jesus x Judas no duelo de espadas. Não sabíamos os nomes dos duelistas, então como um era barbudo e cabeludo ficou sendo o Jesus, o outro que havia acertado um golpe baixo, obviamente, ficou com a alcunha de Judas.

Uma senhora (ao que me parece, fazia parte da organização do evento) tentava bravamente convencer os gatos pingados a prestigiar o evento. "Lá em cima está tendo tal coisa, está sendo legal, vão lá ver".

As compras...
Não tinha a barraquinha de mangá. O que cogitei comprar foram os bonequinhos, também conhecidos como “action figures”...  Tinha alguns legais, como o Gavião Arqueiro e do Pistoleiro. Mas não sou fã deles... o que eu queria mesmo era o do Capitão Marvel. Porém o acabamento da pintura não me agradou muito.
Parecia que eu sairia de lá de mãos abanando, mas eis que surge entre as névoas da desesperança uma caixa cheia de formatinhos. Opa! Não pensei duas vezes em revirá-la. Comprei algumas edições pelas capas que mais me chamaram a atenção e estavam em bom estado.

O evento se encerraria às 18 horas, mas devido ao fraco movimento algumas bancas começaram a desarmar por volta das 15:00 horas. Dali em diante nos restou encostar no muro da quadra e conversar para passar o tempo.

E esta foi a minha visão do evento... uma pena, eu estava disposto a gastar até o último centavo. Mas quem sabe no ano que vem... Até a próxima!

domingo, 26 de novembro de 2017

[Retrato] Iza II

Saudações, ilustres visitantes!!!
Como estão vocês?
Eu já estava sentindo a mão enferrujar depois de um tempo sem desenhar. Mas aqui estamos nós novamente. Eu já havia feito um desenho dessa menina ano passado, mas achei que poderia fazer melhor, então peguei outra foto bonitona dela e comecei os rabiscos.
*Prancheta sobre o teclado e nos fones tocando Stratovarius... É assim que eu me sinto confortável para desenhar.

Esboço inicial sem apertar muito o lápis e definido levemente as áreas a serem escurecidas do cabelo.


Usando um lápis mais escuro no cabelo... Iniciando o sombreado no rosto.

Usando um lápis mais escuro ainda para preencher as listras da roupa.

Finalizado com esfuminho suavizando as sombras. Fundo degradê, contrastando com a pele clara e ao mesmo tempo com as orelhinhas pretas no arco. Esta foi a primeira vez que usei verniz e gostei do resultado. Além de fixar o grafite ao papel, também retirou o brilho excessivo.

Materiais utilizados:
- Lápis comum (N°2)
- Lápis 4B, 6B e 8B
- Esfuminho
- Estilete
- Verniz fosco 

Espero que tenham gostado. Se puderem deixem um comentário, alguma crítica ou sugestão para o próximo desenho.


Divulgação
Antes de encerrar a postagem, peço de deem uma olhada no vídeo abaixo. Se você gosta de kpop, ou assim como eu, gosta de implicar com quem gosta de kpop, recomendo que visite o canal da Iza no youtube, Kpopper Fabulosa. Tenho certeza que você irá se divertir.



Até a próxima!

domingo, 5 de novembro de 2017

Fabulous Kpopper IG [parte II]

Saudações, ilustres visitantes!!!

Faz quase um mês desde a última postagem. Eu sei, eu não devia estar tão relaxado. Mas não tem como ser diferente. Enfim, aqui está a segunda parte da última série que tenho feito sobre esta adorável personagem.
Para ver a postagem anterior clique aqui.


IG - "I'm the best"
1 - Scan da ilustração feita à mão;
2 - Linework feita no PaintTool SAI;
3 - Colorização no GIMP, somente cores chapadas.

Esta eu fiz baseado em uma foto da CL, na imagem original estava com as duas mãos na cintura e fazendo uma cara de paisagem. Pra quebrar o gelo eu coloquei um "finger heart"... Acho que funcionou. 

IG - "bizarre"
O mesmo processo da ilustração anterior:
1 - Scan da ilustração feita à mão;
2 - Linework feita no PaintTool SAI;
3 - Colorização no GIMP, somente cores chapadas.

Esta última foi a que deu mais trabalho por conter muitos detalhes. Inclusive tive de aprender mais alguns truques, como distorcer uma imagem real para encaixar na roupa.

Antes de finalizar a postagem, deixo abaixo a indicação de um vídeo do canal Kpopper Fabuosa. ^^
Espero que tenham gostado. E voltem sempre!

domingo, 8 de outubro de 2017

Fabulous Kpopper IG [parte I]

Saudações, ilustres visitantes!
Pensaram que o I.N.D.Q. tinha acabado?! Não foi dessa vez!

Com tanta porcaria por aí sendo chamada de arte, eu não poderia ficar parado. 
E para celebrar a volta de quem não foi, voltamos aos trabalhos com bastante inspiração, almejando sempre a beleza, a graciosidade, a perfeição e um certo nível de complexidade! Assim deve ser a arte! (Ao menos eu penso dessa forma).

IG - "cuteness"

O uso de fotos reais são de grande ajuda quando se busca por uma pose específica.
No caso, busquei por algo que exalasse fofura.
E aqui temos o desenho feito à mão, já passado a caneta preta nos traços à lápis.

Após digitalizado, usei o Paint Tool SAI para fazer a linework e corrigir alguns errinhos. (se você não tem tremedeira na mão, pode pular esta etapa).

Primeira etapa de colorização: aplicação das cores chapadas.
Como num quebra cabeça, aos poucos a ilustração foi ganhando forma.

Aplicadas as sombras e os brilhos, tinha de por um fundo para finalizar com chave de ouro.


IG - "cuteness attacks again"

Desenho a lápis da segunda ilustração. Novamente usando fotos reais como referência para a pose e algumas sugestões de roupas tiradas a partir de alguns MVs de Kpop.
Não vou dizer quais foram, descubra por si mesmo...rsrs
E sim, orelhinhas são indispensáveis.
















Talvez você ache cansativo toda postagem com desenhos mostrando o passo a passo. Mas acontece que eu gosto de mostrar a evolução da ilustração.
Então... prosseguindo, aqui temos a linework... Relembrando que orelhinhas de gato são indispensáveis, conforme pede a cliente. ^^














Como podem ver, mantive o padrão no estilo do cabelo. Aliás, adoro essa palavra: "padrão". É sempre bom ter em seus desenhos.
Novamente, quem não gosta de rosa vai arrancar os cabelos, pois temos nas cores chapadas no mínimo três variações...rsrs














E aqui temos a ilustração da nossa IG Kpopper Fabulosa finalizada. Desta vez coloquei uma cor diferente no fundo e um efeito degradê. Pareceu uma personagem de anime? Se sim, essa realmente era a intenção!


Essa é a parte I, em breve haverá a parte II.
E se você quer saber a verdadeira finalidade dessas ilustrações, clique aqui.
Hasta la vista!

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Crônicas de Wagner Krieg: Movido pelo etanol, premiado pela sinceridade

Saudações, raríssimos visitantes!

O que fazer quando não se tem tempo para criar conteúdo para postar? Encher linguiça ou abandonar o blog? Eu poderia criar um série de posts com conteúdos pessoais. Mas a quem interessaria curiosidades de uma vida entre milhares que há no mundo? À ninguém. Então para não encerrar este mês sem ao menos uma mísera postagem, aqui vai mais uma crônica de inspirada em um passado não muito distante.


Crônicas de Wagner Krieg: Movido pelo etanol, premiado pela sinceridade

Era final de ano, enquanto Wagner atendia uma senhora no minúsculo balcão, um sujeito adentra os portões da escola Khan-il. Procurando se informar pergunta a quem vê pela frente:

— É aqui que ‘studa à noite, é? Vai dar material, vai?

Enquanto atendia a senhorinha no balcão, o secretário já ia observando a peça que ia atender. O sujeito estava segurando as paredes, piscando os olhos rapidamente, cara inchada, suando que nem uma cachoeira... A senhora foi embora e o próximo a ser atendido seria o rapaz, obviamente.

— Muito bem, e o senhor?

— Eu quero ‘studar à noite, tem vaga?

Quando o sujeito se aproximou, Wagner sentiu uma tontura. Queda de pressão? Não. Era pelo bafo de cachaça do rapaz. Pra completar, ele não enxergava bem, então colocava a cabeça bem próxima ao papel que Wagner preenchia.

— Sim, tem vaga. Mas como este ano praticamente já terminou, sua matrícula vai ficar garantida para o ano que vem.

— Tá, mas o material eu pego agora?

— Que material?

— Material de ‘studar. (hic)

— Se a prefeitura... Se a prefeitura distribuir para as escolas, entregaremos ao senhor no início do ano.

— Tá bom.

— Qual o endereço do senhor?

— É Rua... Gons(hic)...Gonsdasiva, númuro 10, Veneza...

— An? Não entendi. Faz o seguinte, depois o senhor me traz uma cópia do comprovante de residência.

— Pode’xá, eu trago hoj’o’amanhã...

— O senhor assina?

— Onde que eu assino? Assinar é (hic) comigo mesmo.

O rapaz portador de embriaguez temporária assinou o primeiro nome em linhas tortas, nas portas da percepção e ficou todo contente.

— É só isso? Eu num levo nada?

— Como assim?

— Um troquinho (hic)...pra ajudar a comprar um corote de pinga.

Sem hesitar, Wagner abriu a carteira, tirou dois reais e deu para o rapaz.

— Se me dissesse que era pra tomar café eu não daria. Mas como o senhor foi sincero, achei por bem ajudar. 

— Obrigado (hic). Deus lhe pague.

— Até mais. Só tome cuidado com o vento de noroeste.

FIM

domingo, 30 de julho de 2017

E se... [Parte I]

Saudações, ilustres visitantes!

Na postagem de hoje eu resolvi brincar um pouco com as hipóteses. Coisas do tipo, "e se tal personagem fosse personagem de outro anime, como ele seria?". Não foi difícil conjecturar as idéias, porém os desenhos demoraram a sair devido à minha nova rotina. Nem todos ficaram prontos ainda, mas ao menos pode-se conferir como ficaram os primeiros dessa série.

E se o Seiya (CDZ) fosse um personagem de Dragon Ball
Muito provável que não haveria protagonismo para salvá-lo e morreria mais que o Kuririn. Tentei fazer a armadura de pégaso nos moldes das armaduras desenhadas pelo autor de Dragon Ball. Acho que deu para o gasto, não? O efeito do cosmo ficou meio tosco, mas é o que tem pra hoje. Por outro lado, Seiya seria mais musculoso (birrrl), assim como todos personagens do anime.

E se a Mulher Maravilha fosse uma personagem d'Os Cavaleiros do Zodíaco
E aqui temos uma personagem que está em evidência atualmente, graças ao filme lançado neste ano. Provavelmente a amazona usaria uma armadura de prata (apesar de ter partes douradas) e uma máscara também, assim como a Marin e a Shina. E sua armadura representaria a constelação de... ah deixa prá lá! Não teria constelação. Seria Diana de Themyscira e pronto! Se tem um anime que não segue suas próprias regras, esse anime é CDZ. Como vocês podem ver, desta vez eu fiz um cosmo descente. Usei como referência os traços do anime clássico, unindo com o design do traje visto no filme.

E se IG fosse personagem de um anime
Me refiro àquela garota linda e simpática que faz vídeos sobre kpop e que por ventura também é minha "parenta". Provavelmente ela não seria menos que a protagonista, ou uma vilã icônica. Haha! E o nome do anime? Algo bem óbvio, como "Fabulous Kpopper". E a categoria? Comédia, slice-of-life, shoujo... Nos desenhos anteriores eu usei traços de outros autores, nessa ilustração o traço é meu mesmo. Deixo abaixo um dos vídeos da IG pra vocês darem uma olhada no show de interpretação. Curtam:


Bônus: colorização alternativa.
Esta foi a última postagem do mês, espero que tenham gostado.
Voltem sempre!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Anime Friends 2017

O principal objetivo de um evento de anime é arrancar o máximo de dinheiro do público. Mas isso não significa que não possamos nos divertir dentro dele.

Saudações, ilustríssimos visitantes! Na postagem de hoje contarei um pouco da ida ao último dia do Anime Friends, ocorrido no domingo (09/07/2017). 

A ida...
Finalmente chegou o dia. Mochila nas costas e lá fomos em busca de aventura. Encontramos o restante da turma no estacionamento ao lado da rodoviária de Peruíbe. Elienai ia levando os apetrechos do seu cosplay e ele fez mistério, não revelou qual seria. A caravana dividiu-se em duas vans. Eu e minhas sobrinhas entramos e fomos para o fundão. A diversão começou durante a viagem. Nada melhor do que brincadeiras e um pouco de bullying para passar o tempo na estrada.

A chegada...
Desembarcamos no Transamerica Expo Center e de cara já havia alguns supostos universitários tentando nos empurrar revistas. Só que eu fui psicologicamente preparado para não gastar dinheiro antes da entrada. Nosso organizador e amigo Elienai, irreverente como sempre, distribuiu para o pessoal da fila seu handspinner artesanal.
E finalmente adentramos os portões do Anime Friends, detalhe que não houve revista para entrar, em minha opinião foi um ponto falho da segurança. Apenas olhavam e permitiam a entrada de quem estava com a pulseirinha preta.
Créditos da imagem: Elienai Muniz

Dentro do evento...
Em alguns locais era difícil caminhar com tanta gente transitando. Por outro lado, as instalação estavam mais adequadas, se comparadas ao ano passado. Haviam mais locais com banheiros, o que fazia as filas se tornarem raras. Circulamos um instante pela praça de alimentação e nada de novidade, os preços sempre nas alturas. Dá a impressão de formação de cartel, mas fazer o que, comida é uma necessidade então muitos aceitam os preços absurdos. Por experiência da edição 2016 decidimos levar lanche. Como não havia locais para sentar, lanchamos no chão mesmo.

Banda Carapuça...
Enquanto as meninas ficaram tirando fotos dos cosplayers, eu queria ver a apresentação da banda Carapuça. Fizeram uma apresentação barulhenta e empolgante, apesar do pouco público em frente ao palco. Destaque para a versatilidade do vocal, que ia dos agudos ao gutural de forma insana. O restante da banda também não ficou devendo em nada. Eles tocaram alguns covers e músicas autorais também. Achei bacana a atitude do vocalista em descer do palco e cumprimentar as pessoas.
Uma das músicas tocadas no evento.

Evitando as facadas...
Terminado a apresentação da Carapuça, eu fui olhar os estandes de mangás e HQs. Havia muita coisa legal, mas os preços eram o problema. 70? 150? 300? Tenha dó, eu não ganhei na loteria. O mesmo se podia dizer daqueles bonequinhos de personagens de anime. (action figure é o cacete! O nome é e sempre será boneco). Saudades do tempo em que se podia comprar vários deles nas lojas de 1,99.
"Faça elevaaar o cosmo no seu coração..."

O duelo...
Encontrei o Elienai e fomos para a luta de espadas. De um lado, o Gladiador do Império do Caraguava, do outro, o Cavaleiro Negro do Reino de Veneza. Foram duas batalhas intensas onde ele venceu as duas. Enfim, eu sou brasileiro e não desisto nunca, em 2018 estaremos lá novamente. Como diria Rocky Balboa "Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha". A dupla que lutou antes de nós pediu para que filmássemos eles, em troca da gentileza eles filmaram a nossa luta. Em breve postarei o vídeo.

Na jogatina...
Em meio às andanças pra lá e pra cá, sem rumo, ainda deu tempo de assistir um pouco da apresentação do Bittencourt Project, do guitarrista do Angra, Rafael Bittencourt. Tocou a minha música favorita, “O pastor”. Não posso dar mais detalhes porque não assisti até o final. Após isso fomos procurar algum jogo no estande da Devir. Carcassonne Star Wars, achei este jogo muito legal. O jogo estava indo bem, até a moça do estande mostrar que estávamos jogando de forma errada. Tudo bem, até que gostei e pensei em levar o jogo. Mas não tive coragem de perguntar o preço com medo de ter um infarto. Enquanto isso a banda japonesa Asian Kung Fu Generation estava tocando no palco próximo dali.
Finalmente vimos o cosplay do Elienai. Ele foi ao vestiário e quando voltou passou perto de nós achando que passaria batido. Eu o reconheci pelo tênis. Estava trajado de Sem Rosto, personagem de "A viagem de Chihiro".

Hospital Kervorkian...
Elienai tentou me convencer a entrar no Hospital Kervorkian, mas eu fiquei de fora. Fui chamado de “arregão”, mas não entrei. Coisas temáticas de terror são o tipo de coisa que não me atraem. Minutos depois encontrei minhas sobrinhas e elas já tinham me convencido a entrar, porém, quando chegamos, Elienai nos contou o quão horrível foi... desperdiçar 15 contos de réis em algo muito paia. Aí desistimos de entrar.

Faltando 1 hora para terminar...
Em meio a tanta coisa cara, em se tratando de arte, o ponto positivo do evento foi o Beco dos Artistas. Onde se podia comprar ilustrações, HQs, mangás e livros com preços acessíveis, de qualidade e ainda ganhar um autógrafo do próprio autor. Comprei três livros sobre a 1ª e 2ª guerras, do Julius Ckvalheiyro, que acabou me fazendo um bom desconto e ganhando um fã.

Era final de evento e cismei de entrar no estande da Panini, haviam muitos títulos conhecidos, (Dragon Ball, Cavaleiros, Beelzebub, etc.) todos com 25% de desconto. Ainda assim não compensaria, no meu caso. Não seria legal levar duas ou três edições de uma série e ficar com a coleção incompleta. Por isso tenho preferência por one-shot e séries em poucas edições. E foi isso o que eu encontrei no estande da New Pop. Por que eu não entrei lá antes?! Por que?! Haviam alguns títulos por 5 contos, comprei os três volumes de Hollow Fields e as duas edições de Street Fighter. Valeu muito a pena!

Conlcusão
O Anime Friends está para o anime assim como o Rock in Rio está para o rock. Ou seja, animes deixaram de ser o foco há muito tempo. O que se vê é uma tentativa da Yamato (produtora do evento) de atrair vários públicos, gamers, kpoppers, roqueiros, fãs retardados de youtubers retardados, enfim, toda sorte de criatura que tenha dinheiro pra gastar. O que torna o evento visualmente bonito são os cosplayers. E se você como eu, gosta de quadrinhos, mangás, dê uma chance aos artistas independentes, você encontrará muita coisa barata e com ótimo conteúdo.
Resumo da ópera: foi ótimo! Eu me diverti, as minhas sobrinhas se divertiram e isso é o que importa. Vamos com certeza levar boas lembranças deste dia.

Até a próxima!

domingo, 25 de junho de 2017

Crônicas de Wagner Krieg: Dança da Morte

Saudações, ilustríssimos visitantes! Quando digo ilustríssimos, me refiro aos que possivelmente estarão lendo estas palavras. Bem-aventurados os que clicam nos links que eu posto no Facebook, porque deles é o reino de Dreamquestland! Andei pensando em abandonar o INDQ. Por mais que eu capriche nos desenhos as visualizações são pífias. Mas pensei melhor e decidi manter o blog. Até porque em breve este será o único espaço na internet onde estarei presente.


Crônicas de Wagner Krieg: Dança da morte
 *Baseado na música "Dance of Death", do Iron Maiden.

O final de semana chegou e tudo que ele quer é desligar o piloto automático. Pela manhã passou na feira para comer um pastel de vento com sabor de camarão. A tarde decidiu que iria nadar no rio perto de sua casa.

— Não me importo de pegar alguma micose, eu quero é ser feliz!

E lá foi ele, com o olhar de uma criança. Levando consigo boas expectativas para o dia de hoje. Nem pensou em tirar a roupa para mergulhar nas águas turvas do Rio Preto.

— Ah isso é bom demais! Quando foi que o ser humano deixou de ser parte da natureza?

Wagner não sabia nadar direito, mas até que enganava bem. Demorou uns 40 minutos se debatendo na água. Até que resolveu ir para a margem quando avistou um caranguejo saindo de sua toca.

— Oia que coisa mais linda esse bicho cascudinho...haha!

O caranguejo dá um beliscão no dedo de Wagner e toda aquela ternura vai pelos ares.

— Filho d’uma égua! Vou te esmagar de uma forma que ninguém vai reconhecer o seu corpo!

Wagner persegue o caranguejo, atolando os pés na lama como se não houvesse amanhã. Até que num dado momento ele escorrega e bate a cabeça em um tronco de árvore.
Ele ficou desacordado por horas incertas e quando acordou viu que já era noite. Ficou admirado com o brilho da lua e as incontáveis estrelas no céu.
Um calafrio percorre sua espinha. Ele de alguma forma sentia que não estava sozinho. Antes fosse só a presença de animais, mas não... Podia ouvir o barulho vindo das moitas. Se ele tivesse a mente suja poderia julgar que há um casal procriando, mas não...

 — Se houver alguém por aí, me diga que horas são, por favor.

Algo correu por entre as árvores em meio à escuridão. Wagner se espantou e caiu de joelhos. Quando de repente surge uma figura mascarada empunhando uma tocha.
 
— Horas? A noite é uma criança. Venha comigo.
 
Estendeu a mão a Wagner que não recusou ajuda para se levantar. Seguiu o estranho em direção a uma clareira às margens do Rio Preto. Havia uma roda de pessoas que pareciam esquisitas aos olhos do jovem Krieg. Gente tocando tambores, gaita e violão, e não eram músicas da Legião Urbana.

— Junte-se a nossa dança.

— Não! Não! E não! Eu não quero dançar. Eu não levo jeito pra isso.

— Então tome essa bebida aqui. Vai te ajudar a se soltar. Eu mesmo preparei. Mwahahahaha!

— Beleza! Acho melhor eu ficar aqui mesmo só esvaziando o copo.

Após beber sabe-se lá o que, Wagner mudou de ideia. Entrou no círculo de fogo e ao centro ele foi conduzido por uma das dançarinas. O tempo parecia que havia parado. Embora envolvido pelo medo, ainda queria continuar na dança.
Ele dançou, cantou, pulou e até andou sobre o carvão. Era como se estivesse entrado em transe. Não sentia o calor do fogo. Mas sentia que seu espírito estava livre.
A música parou e era hora de grupo se juntar. Wagner percebeu que todas aquelas pessoas não apresentavam nenhuma expressão, seja de alegria ou tristeza. Não via sequer o brilho em seus olhos.
E como num estalo ele voltou a si:

— O que estou fazendo aqui com esse bando de zumbis? ‘Saspragas ‘tão tudo mortos!

— Venha, Wagner. Junte-se a nós, é hora de partirmos.

— Que façam uma boa viagem vocês, eu quero continuar vivo!

E mostrando do dedo médio como sinal de despedida. Lá foi Wagner correndo feito um doido pra fora da mata. A quebrar os galhos no peito, a pisar descalço nos estepes. Sem se atrever a olhar para trás. Se tudo aquilo foi um sonho ou uma alucinação, ele não tem certeza. Só sabe de uma coisa:

— Nunca mais! Nunca mais beberei nada da mão de estranhos.


FIM

Espero que tenham gostado. Até a próxima!